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Crise sanitária por Covid-19 se soma ao conjunto de desafios que a África enfrenta

A recém-chegada pandemia causada pelo novo coronavírus trouxe à tona as desigualdades que ocorrem dentro dos países, entre os diversos países e nos continentes. A doença, como desafio que provoca dificuldades nos sistemas de saúde ao redor do mundo, impacta de forma ainda mas aguda as comunidades mais fragilizadas. O continente africano já apresenta mais de 7.700 casos confirmados de Covid-19, atingindo 50 dos 55 países do continente e território africano e mais de 300 mortos, segundo o boletim divulgado no sábado (4 de abril) pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC). As pessoas que já se recuperaram da doença somam 560.

A região mais afetada é a do norte do continente, com 3.030 casos, 200 mortes e 314 doentes recuperados. A África Austral registrou 1.558 casos e dez mortes; a parte Ocidental, há registo de 1.303 infeções, 37 mortes e 164 doentes recuperados.

Sudão do Sul, Comores, República Sarauí e Lesoto não apresentaram casos confirmados; só há até o momento um país lusófono sem qualquer confirmação de Covid-19, São Tomé e Príncipe. A Guiné Equatorial, que também integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, foram confirmados 15 casos. Angola tem oito casos de infecção e duas mortes; Moçambique conta com dez casos e Guiné-Bissau, com nove. Cabo Verde registrou até o momento seis casos de infecção, sendo uma morte.

Erlando Rêses, 3º tesoureiro do ANDES-SN, destaca que a África possui uma cultura fortemente interativa, habituada a construir laços culturais pelas vias da socialização. “Este momento de
isolamento social e confinamento é uma situação nova, inesperada e impactante para a vida de todos nós. No continente africano, que tem no cerne de sua tradição a alegria, as danças, os vínculos pessoais, a dificuldade de confinamento é ainda mais complicada”.

Para além da questão cultural, o fato de se tratar de populações com a situação econômica bastante fragilizada torna o isolamento absoluto impraticável. “Por ser um continente formado por países historicamente explorados ao longo de séculos, temos uma realidade em que parte das pessoas têm que sair de casa para buscar comida”, destaca Erlando.

Terceira onda 

Ressaltando o caráter global desta pandemia, o continente africano e especialmente sua porção subsaariana podem ser o epicentro de uma terceira onda de disseminação da doença, após o pico de disseminação ter ocorrido na Europa, Ásia e Américas, trazendo riscos renovados ao mundo todo.

Condições sanitárias precárias, superpolução, falta de testes e subnotificação preocupam autoridades sobre os riscos da pandemia no continente. Se a doença já é devastadora em países ricos, é ainda mais em comunidades já normalmente fragilizadas. Na África Subsaariana, onde as condições econômicas e sanitárias são extremamente precárias, 258 milhões de pessoas não podem sequer lavar as mãos porque não têm acesso à agua e sabão. O continente africano é habitado por 1,2 bilhão de pessoas e tem registrado mais de 300 novos casos por dia, mesmo admitindo uma imensa subnotificação. Alguns governos já têm alguma experiência acumulada em lidar com epidemias, como Uganda, que montou infraestrutura para combater o Ebola e formou estoque de tendas, equipamentos de proteção, remédios e tecnologia de enfrentamento à doenças infectocontagiosas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitou à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) que envie aos países lusófonos da África uma equipe de profissionais em apoio à organização da resposta à pandemia. É um reconhecimento à importância do conhecimento produzido pelas instituições públicas brasileiras de ensino e pesquisa.

Situação atual (dados atualizados de 2 de abril)

Na África, 42 dos 54 países já registraram casos da covid-19. Veja o número de casos por países no continente:

África do Sul: 1.280 casos confirmados e 2 mortes

Egito: 609 confirmados e 40 mortes

Marrocos: 516 casos e 27 mortes

Argélia: 511 casos e 31 mortes

Tunísia: 312 casos e 8 mortes

Burkina Faso: 222 casos e 12 mortes

Costa do Marfim: 165 casos e 1 morte

Gana: 152 casos e 5 mortes

Senegal: 142 casos e nenhuma morte

Camarões: 139 casos e 6 mortes

Nigéria: 111 casos e 1 morte

República Democrática do Congo: 81 casos e 8 mortes

Ruanda: 70 casos e nenhuma morte

Quênia: 42 casos e 1 morte

Madagascar: 39 casos e nenhuma morte

Uganda: 33 casos e nenhuma morte

Togo: 30 casos e 1 morte

Zâmbia: 29 casos e nenhuma morte

Etiópia: 23 casos e nenhuma morte

República do Congo: 19 casos e nenhuma morte

Níger: 18 casos e 3 mortes

Mali: 18 casos e 1 morte

Djibouti: 18 casos e nenhuma morte

Guiné: 16 casos e nenhuma morte

Tanzânia: 14 casos e nenhuma morte

Eritreia: 12 casos e 1 morte

Guiné-Equatorial: 12 casos e nenhuma morte

Namíbia: 11 casos e nenhuma morte

Suazilândia: 9 casos e nenhuma morte

Líbia: 8 casos e nenhuma morte

Moçambique: 8 casos e nenhuma morte

Gabão: 7 casos confirmados e nenhuma morte

Angola: 7 casos e 2 mortes

Benim: 6 casos e nenhuma morte

Sudão: 6 casos e 1 morte

Mauritânia: 5 casos e nenhuma morte

Gâmbia: 4 casos e 1 morte

Chade: 3 casos e nenhuma morte

Libéria: 3 casos e nenhuma morte

República Centro-Africana: 3 casos e nenhuma morte

Somália: 3 casos e nenhuma morte

Guiné-Bissau: 2 casos e nenhuma morte

 

Fonte: Revista científica Lancet

 

Fonte: ANDES-SN


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